quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

TEOLOGIA SISTEMÁTICA: PARACLETOLOGIA E ANGELOLOGIA

PARACLETOLOGIA – DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

1. DEFINIÇÃO DE PARACLETOLOGIA
Paracletologia é uma palavra formada por duas palavras gregas: paracletos (que significa. Ajudador, Consolador, advogado) e Logia (que significa estudo, doutrina). A Paracletologia estuda de uma forma sistemática tudo o que se refere ao Espírito Santo .
Podemos dividir Paracletologia divide-se, na Bíblia em dois períodos: o do Antigo e do Novo Testamento. No AT, as atividades e as manifestações do Espírito Santo eram esporádicas, específicas e em tempos distintos. No N.T., começa no dia de Pentecostes, quando suas atividades se concretizam de maneira direta e contínua através da Igreja.

2- A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO
As escrituras relatam um episódio nos primeiros dias da igreja, em Jerusalém, quando Ananias e Safira tentaram enganá-lo. Ele revelou ao apóstolo Pedro que o casal mentia, conforme registra At 5.3.
2.1 OS ATRIBUTOS DO ESPÍRITO SANTO
Podemos destacar três atributos pertencentes a divindade de cada uma das pessoas da Trindade que são: Onipotência, Onisciência e Onipresença.
a) Onipotência
Podemos compreender onipotência por todo o poder que há no Universo físico ou espiritual, tem sua origem em Deus. É o poder pleno e total.
O poder do Pai é o mesmo do Filho e do Espírito Santo. Então em sua onipotência, o Espírito Santo faz a sua vontade (Rm 15.19). O Espírito Santo é todo poderoso.
b) Onisciência
Onisciência vem de duas palavras latinas: "OMINES" que significa TUDO e "SCIENTIA" que quer dizer CIÊNCIA. O Espírito Santo tem conhecimento pleno de todas as coisas. O conhecimento do Espírito Santo é perfeito, ele não precisa arrazoar, pesquisar, nem aprender gradualmente, seu conhecimento do passado, do presente e do futuro é instantâneo. Ele sabe tudo acerca de si mesmo e do que criou (Sl 139.2,11,13) . Ninguém pode esconder dele coisa alguma. Nem um só pensamento nosso passa despercebido do Espírito Santo( Jr 16.17) . Conhece os homens profundamente (1 Rs 8.39 ).


c) Onipresença
O Espírito Santo penetra em todas as coisas e sonda o nosso entendimento. Por onipresença não se deve entender que o Espírito Santo enche o universo como faz o universo. O Espírito Santo não ocupa espaço, só a matéria ocupa espaço. O espaço não limita o Espírito Santo em nada. Ele não se divide em várias manifestações, porque sua presença é total em cada lugar : (Sl 139.7-10)

3. ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA
Um dos atributos da divindade é a personalidade que cada uma das três pessoas divinas possui. Às vezes atribuímos à personalidade uma forma corpórea. Entretanto, Deus é Espírito, sem necessidade de corpo material. Identifica-se como pessoa os que manifestam: racionalidade, volição e emoção.

3.1- PRONOMES REFERENTES AO ESPÍRITO SANTO
Em João 16.8,13,14 encontramos algumas vezes o pronome ele, aquele (no grego ekeinos) que indicam a pessoa do Espírito Santo. Em João 14.16, encontra-se a expressão "outro Consolador". Ela, mais uma vez, identifica a personalidade do Espírito Santo. A palavra "outro", usada por Jesus, no grego "ALLOS", significa "outro do mesmo tipo". O Espírito Santo é o “Paracleto” que Cristo prometido.
O Filho de Deus revelou-se como pessoa, mas falou de outra que Ele enviaria após sua subida para o céu.
Consolador no grego é "Paracleto" que significa:
a) chamado para estar do lado de alguém;
b) alguém que pleiteia a causa de outro diante de um juiz, intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal, advogado ;
c) ajudador, amparador, assistente, alguém que presta socorro .
3. OS ATRIBUTOS PESSOAIS DO ESPÍRITO SANTO
A Bíblia revela o Espírito Santo como Pessoa, com sua própria individualidade. O Espírito Santo não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber:

a) O Espírito Santo pensa (Rm 8.23,27; Jo 14.26; Ap 2.7; At 16.6,7)
b O Espírito Santo tem emoção (Ef 4.30)
c) O Espírito Santo tem vontade própria (1Co 12.11)

4. OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO
Os nomes do Espírito Santo nos revelam muito sobre a Dele. Os principais nomes do Espírito Santo são:
a) Espírito de Deus (do hebraico: Ruach YHWH), ou, traduzido em muitas bíblias em português por: “Espírito do Senhor".. O Espírito estava ativo na criação, conforme narra Gn 1.2, com referência ao "Espírito de Deus" (do hebraico: Ruach 'elohîm).
b) O Espírito de Cristo. Com esse título é acentuada a união do Espírito Santo com Cristo. Como tal ele é a vida (Rm 8.9).
c) Espírito da Vida. O Espírito da vida Deus dá a cada crente ao nascer de novo, vida nova e eterna. Ele substitui a lei reinante do pecado e da morte com a lei da vida (Rm 8.2).
d) Espírito da Adoção de Filhos. Nós fomos acolhidos na família divina, enchidos pelo Seu Espírito e dotados com nova e eterna vida (Rm 8.15).
e) Espírito da Graça. Pelo Espírito da graça é oferecida livremente a todos os homens a dádiva da graça divina. Por isso qualquer acréscimo humano, justiça por obras é ao Espírito Santo( Hb 10.29) .
f) Espírito da Glória. Somente podemos adorar e chegar a glória de Deus, conforme o Espírito Santo nos capacita para isto. O demais é adoração imitada, não é revelação do Espírito da Glória (1 Pe 4.14).

5. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Os símbolos do Espírito Santo também são arquétipos. Em literatura arquétipo é uma personagem, tema ou símbolo comum a várias épocas e culturas. Em todos os lugares, o vento representa forças poderosas, porém invisíveis; a água límpida que flui representa o poder e o refrigério sustentador da vida a todos que têm sede, física e espiritual; o fogo representa uma força purificadora ou destruidora.
a) Vento- A palavra hebraica “ruach” pode significar "sopro", "espírito" "ou vento". A palavra grega “pneuma” tem um alcance semântico quase idêntico ao de “ruach”. O vento, como símbolo, fala da natureza invisível do Espírito Santo, podemos ver e sentir os efeitos do vento , mas ele próprio não é visto (João 3.8).
b) Água- A água, assim como o fôlego, é necessária ao sustento da vida. Sem o fôlego vivificante e as águas vivas do Espírito Santo, nossa vida espiritual não demoraria murchar e ficar sufocada (Jo 7.38, 39).
c) Fogo- O aspecto mais amplo do fogo como elemento purificador encontra-se no pronunciamento de João Batista: (Mt 3.11,12; Lc 3.16,17).
d) Óleo- Desde os primórdios o azeite é usado primeiramente para ungir os sacerdotes de Yahweh, e depois, os reis e os profetas. O azeite é o símbolo da consagração divina do crente para o serviço no Reino de Deus (Zc 4.2-6).
e) Pomba- O Espírito Santo desceu sobre Jesus na forma de uma pomba. A pomba é o arquétipo de mansidão e de paz (Mt 3.16,17).
f) Selo- Nos dias bíblicos usava-se um selo de cera como sinal de promessa e acordo. Atualmente a nossa assinatura na compra e venda pode ser comparada a isto. Na ocasião do novo nascimento o Espírito Santo põe sobre nós o seu selo de direito de propriedade. Isto é, ao mesmo tempo, uma promessa, que o selado tem parte na consumada obra da salvação (Ef 1.13).

6. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO.
a) O Espírito Santo é o agente da salvação.
Nisto Ele convence-nos do pecado (Jo 16.7,8) revela-nos a verdade a respeito de Jesus (Jo 14.26 ), realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de Cristo (1Co 12.13). Na conversão, nós, crendo em Cristo, recebemos o Espírito Santo (Jo 3.3-6; 20.22) e nos tornamos co-participantes da natureza divina (2Pe 1.4)
b) O Espírito Santo é o agente da nossa santificação
Na conversão, o Espírito passa a habitar no crente, que começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.9; 1Co 6.19). Note algumas das coisas que o Espírito Santo faz, ao habitar em nós. Ele nos santifica, i.e., purifica, dirige e leva-nos a uma vida santa, libertando-nos da escravidão ao pecado. Ele produz em nós as qualidades do caráter de Cristo, que O glorificam (Gl 5.22,23).
c) O Espírito Santo é o agente divino para o serviço do Senhor,
Revestindo os crentes de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do Espírito Santo relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do Espírito. Quando somos batizados no Espírito, recebemos poder para testemunhar de Cristo, nos capacita a proclamar a Palavra de Deus e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (At 1.8). Para realizar o trabalho do Senhor, o Espírito Santo outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de Cristo (1Co 12—14 )

7. SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO E O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
7.1- Ser Cheio do Espírito
Todo o cristão recebe o Espírito Santo no momento da conversão e pode ser cheio dele sem ser batizado no Espírito Santo
O Espírito Santo nos convence do Pecado (Jo 16.8); O Espírito Santo habita em nós (1 Co 6.19 ); Nós fomos selados com o Espírito Santo (2 Co 1.21,22; Ef 1.13,14; 4.30); Devemos buscar ser cheios (Ef 5.18)
Exemplo de pessoas que foram cheias do Espírito Santo e não eram batizadas:
● Isabel- Lc 1.41
● Zacarias- Lc 1.67
● Simeão- Lc 2.25
●João Batista- Lc 1.15
7.2- Ser batizado no Espírito Santo
A respeito do batismo no Espírito Santo, a Palavra de Deus ensina o seguinte:
Jesus ordenou aos discípulos que não começarem a testemunhar até que fossem batizados no Espírito Santo e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4,5,8)
O batismo no Espírito Santo é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. Após a ressurreição de Jesus, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse: "Recebei o Espírito Santo" (Jo 20.22), indicando que a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser "revestidos de poder" pelo Espírito Santo (Lc 24.49; cf. At 1.5,8).
O batismo no Espírito Santo outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de Cristo e ter eficácia no seu testemunho e pregação (At 1.8; At 4.31; 33) O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito Santo. No dia de Pentecostes (At 2.4); Na casa de Cornélio (At 10.44-46); Os cristãos de Éfeso (At 19.6). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).

8. OS DONS ESPIRITUAIS
Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (1 Co 12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (1 Co 12.7; 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (1 Co 12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons ( 1 Co 12.31; 14.1)
Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar "dons", e não apenas um dom (1 Co 12.31; 14.1).
É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve "provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo" (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21)
Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos. Vejamos os dons relatados em 1 Co 12. 8-10:

8.1- DONS DE REVELAÇÃO
a) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8)
Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico
Exemplo: Não podiam resistir a sabedoria com que Estevão falava (At 6.10);
Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).
b) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8)
Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia
Exemplo: Pedro obteve o conhecimento do que Ananias e Safira haviam feito (At 5.1-10);
c) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10)
Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (1Jo 4.1).

8.2 DONS DE PODER
a) Dom da Fé (12.9)
Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (Mc 11.22-24) e que freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres.
b) Dons de Curas (12.9)
Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais
Exemplo: A cura de um coxo na porta do templo (At 3.6-8).
O plural ("dons") indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (1 Co 12.11,30)
c) Dom de Operação de Milagres (12.10)
Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos
Exemplo: Jesus repreendendo o vento e o mar ( Mt 8.26,27)
8.3 DONS DE INSPIRAÇÃO
a) Dom de Profecia (12.10)
É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte:
Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (1Co 14.24,25, 29-31)
Tanto no AT, como no N.T., profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência. A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (1 Co 14.3,25). A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (1Co12.3).
O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no N.T. um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso.
b) Dom de Variedades de Línguas (12.10)
No tocante às "línguas" (do grego: glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos:
Essas línguas podem ser humanas como as que os discípulos falaram no dia de Pentecostes (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, entendida somente por Deus (1 Co 14.2)
A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala como pelos ouvintes (1 Co 14.14,16)
O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão.
Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (1 Co 14., 27,28.) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto.
c) Dom de Interpretação de Línguas (12.10)
Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem. A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (1 Co 14.13)

9. O FRUTO DO ESPÍRITO
Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama "o fruto do Espírito". Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do Espírito inclui:
a) ÁGAPE – AMOR
Caridade i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (1 Co 13.4-8)
O amor é o solo onde são cultivadas todas as demais virtudes espirituais.
O amor é a prova da espiritualidade e tem inicio na regeneração (1 Jo 4.7-8). O amor consiste em querer para os outros aquilo que queremos par nos mesmos. É a dedicação ao próximo (Mateus 7:12).
b) CHARA – ALEGRIA
Trata-se da felicidade do Espírito, qualidade de vida que é graciosa e bondosa caracterizada pela boa vontade, generosa nas dádivas aos outros, por causa de uma correta relação com Deus.
Deus não aprecia a dúvida e o desânimo, o pensamento melancólico e tristonho. Deus gosta de corações animados. (2Co 6.10)
A alegria cristã, entretanto não é uma emoção artificial. Antes é uma ação do Espírito de Deus no espírito humano é a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (1 Pe 1.8)
c) EIRENE – PAZ
A queda do homem no pecado destruí a paz, a paz com Deus, com os outros, com o próprio ser e com a própria consciência.
Foi através da instrumentalidade da cruz que Deus estabeleceu a paz. Portanto, a paz envolve muito mais do que uma tranqüilidade intima, que prevalece a respeito das tempestades externas. Antes, trata-se de uma qualidade espiritual e pessoal produzida pela reconciliação e pelo perdão dos pecados.
A paz é o contrario do ódio, da contenda, da inveja dos excessos de tudo o que são obras da carne.
Paz é a quietude de coração e mente(Fp 4.7).

d) MAKROTHUMIA – LONGANIMIDADE
Quando é uma qualidade atribuída a Deus, significa que ele tolera pacientemente todas as iniquidades do homem, não deixando arrebatar por explosões de ira.
A longanimidade é a paciência que nos permite subjugar a ira e o sendo de contenda, tolerando as injúrias.
Longanimidade é a perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.1,2).

e) CHRESTOTES – BENIGNIDADE
Significa gentileza, bondade. Esse termo grego significa também excelência de caráter, honestidade. O crente que a possui esse é gracioso e gentil para com seu semelhante não se mostrando ser inflexível e exigente.
Ser Benigno é não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32).

f) AGATHOSUNE – BONDADE
Uma pessoa bondosa quando se dispõe a ajudar aqueles que tem necessidade.
Podemos observar a vida terrena inteira de Jesus de Nazaré, vivida em meio a atos de bondade para com os outros. Ora, para que o crente se mostre supremamente bondoso, precisa contar com auxílio do Espírito Santo.
Bondade é a expressão máxima do amor cristão. No grego, refere-se ao homem bom, cuja generosidade brota do coração. Ela é a verdadeira prática do bem. É o amor em ação (Gl 6.10).
g) PISTIS – FÉ
Significa tanto confiança como fidelidade. A fé de parceria com o arrependimento, forma a conversão. A entrega da alma, as mãos de Cristo alicerçado sobre o conhecimento espiritual.
Fé é lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade
h) PRAUTES – MANSIDÃO
Para Aristóteles, essa característica era um vicio de deficiência, e não uma virtude. Aristóteles encarava tal realidade, como uma auto-depreciação.
Na verdade mansidão trata-se de uma submissão do homem para com Deus e, em seguida para com o homem. A mansidão é o resultado da verdadeira humildade por causa do reconhecimento alheio, com a recusa de nos considerarmos superiores.
Mansidão é moderação; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (Jesus em Mt 11.23 repreende duramente Carfanaum e no v. 29 diz que devemos ser mansos como ele Mt 11.29.
i) EGKRATEIA - TEMPERANÇA
Temperança ou domínio próprio é o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
Na passagem de 1 Co 7.9 essa palavra é usada em relação ao controle do impulso sexual. Mas em 1 Co 9.25 refere-se a toda forma de autodisciplina. Parece que Paulo se utiliza dessa palavra, neste contesto, dando a entender aquele autocontrole que obtém sobre os vícios alistados em Gl 5.19-21.

ANGELOLOGIA – DOUTRINA DOS ANJOS

INTRODUÇÃO
Angelologia é uma palavra formada por duas palavras gregas: Angelos (que significa “mensageiro”, “anjo’) e Logia (que significa estudo, doutrina). A Angelologia estuda de uma forma sistemática tudo o que se refere aos anjos .

01- A EXISTÊNCIA DOS ANJOS

1.1 Anjos são encontrados em trinta e cinco livros da Bíblia, e em duzentas e setenta e cinco referências.

1.2 Cristo ensinou a existência dos anjos (Mt 18.10; 26.53).

1.3 Os anjos são uma ordem distinta da criação e foi-lhes dado uma posição celestial, ou esfera, acima da esfera do homem (Sl 8.5; Hb 2.7-9; Ap 5.11; 7.11).


02- A CRIAÇÃO DOS ANJOS

Cl 1.15-17

2.1- Anjos não são uma raça, mas uma hoste .
2.2- Eles são filhos de Deus (Jó 1.6), e não de outros anjos.
2.3- Foram criados antes da criação do mundo físico (Jó 38.6,7).
2.4- Os anjos foram criados num estado de santidade (Jd 1.6).
Eles são inumeráveis (Hb 12.22).

03- PERSONALIDADE DOS ANJOS

3.1- têm Intelecto (1Pe 1.12).
3.2- têm Emoções (Lc 2.13).
3.3- têm Arbítrio (resolução dependente da vontade) (Judas 1.6) -- capazes de deixarem o seu primeiro estado.
04- DEFINIÇÃO DO TERMO "ANJO"
A palavra portuguesa “anjo” possui origem no latim “ângelus” , que por sua vez deriva-se do grego “angelos” . No idioma hebraico, temos “malach” . Seu significado básico é "mensageiro" (para designar a idéia de ofício de mensageiro). O grego clássico emprega o termo angelos para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no lugar daquele que o enviou.

No AT, onde o termo malach ocorre 108 vezes, os anjos aparecem como seres celestiais, membros da corte de Yahweh, que servem e louvam a Ele (Ne 9:6; Jó 1:6), são espíritos ministradores (1Rs 19:5), transmitem a vontade de Deus (Dn 8:16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl 103:20), executam os propósitos de Deus (Nm 22:22), e celebram os louvores de Deus (Jó 38:7; Sl 148:2).

No NT, onde a palavra ‘angelos’ aparece por 175 vezes, os anjos aparecem como mensageiros de Deus. Funções semelhantes às do AT são atribuídas a eles, tais como: servem e louvam a Cristo (Fp 2:9-11; Hb 1:6), são espíritos ministradores (Lc 16:22; At 12:7-11; Hb 1:7,14), transmitem a vontade de Cristo (Mt 2:13,20; At 8:26), obedecem a vontade dEle (Mt 6:10), executam os Seus propósitos (Mt 13:39-42), e celebram os louvores de Cristo (Lc 2:13,14). Ali, os anjos estão vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc 2:10-12), Sua ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda (At 1:11).


05- SUA EXISTÊNCIA

A existência dos anjos, conforme veremos a partir de agora, é claramente demonstrada pelo ensino, tanto do Antigo Testamento, quanto do Novo Testamento.


a) Estabelecida pelo Ensino do Antigo Testamento

Vemos os anjos em suas funções principais de servir e louvar a Yahweh, transmitir as mensagens de Deus, obedecer Sua vontade, executar a vontade de Deus, e também como guerreiros.


b) Estabelecida pelo Ensino do Novo Testamento

No contexto do NT, os anjos não são apresentados simplesmente como "mensageiros de Deus", mas também como "ministros aos herdeiros da salvação" (Hb 1:14). Vejamos, outros textos a seguir: Mt 13:39; 13:41; 18:10; 26:53; Mc 8:38; Lc 22:43; Jo 1:51; Ef 1:21; Cl 1:16; 2Ts 1:7; Hb 1:13,14; 12:22.

06- O ARCANJO MIGUEL
Pretendemos a partir de agora estudar a respeito de cinco classes especiais de anjos, a começar por Miguel, o Arcanjo. No grego encontramos “Michael” , no hebraico “mika'el” . O nome Miguel significa "quem é como El (Deus)?".

A tradição sobre a existência de arcanjos não fazia parte original da fé judaica. Assim, na literatura bíblica, Miguel é introduzido em Dn 10:13,21 e 12:1 e reaparece no NT em Jd 9 e Ap 12:7. Embora algumas literaturas tenham Gabriel como outro Arcanjo (totalizando sete na literatura apócrifa e pseudepígrafa, onde quatro nomes são revelados: Miguel, Gabriel, Rafael e Uriel), a Bíblia só revela a existência de um único Arcanjo, Miguel. Isto é demonstrado pelo fato de que nas duas ocorrências da palavra grega “archangelos” , "arcanjo" ou “anjo principal”, 1Ts 4:16 e Jd 9, o termo só aparece no singular, ligado unicamente ao nome de Miguel, donde se conclui biblicamente que só exista um anjo assim denominado Arcanjo, ou anjo-principal.

O Miguel tem, no entanto, responsabilidade especiais como protetor de Israel contra o anjo rival dos persas (Dn 10:13,21), e ele comanda os exércitos celestiais contra todas as forças sobrenaturais do mal na última grande batalha (Dn 12:1).
No NT, Miguel aparece apenas em duas ocasiões. Em Jd 9, há referência a uma disputa entre Miguel e o diabo com respeito ao corpo de Moisés. Essa passagem é bastante polêmica. Orígenes acreditava que isto estaria registrado num apócrifo chamado de "Assunção de Moisés", mas a história não aparece nos textos existentes, porém incompletos, desta obra. A literatura rabínica posterior parece ter conhecimento desta história. O outro texto em que Miguel aparece, é Ap 12:7, que retoma o tema de Dn 12:1.
07- O ANJO GABRIEL
O vocábulo hebraico Gabriel significa "homem de Deus" (do hebraico: “geber” , "varão" e “El” - forma abreviada de “Elohim” , "Deus").

No AT, Gabriel aparece apenas em Daniel, e ali como mensageiro celestial que surge na forma de um homem e dar entendimento e sabedoria ao próprio (Dn 8:16; 9:21). Suas funções são: revelar o futuro ao interpretar uma visão (Dn 8:17; 9.22),

No NT, Gabriel surge somente na narrativa de Lucas que descreve o nascimento de Cristo. Ali, ele é o mensageiro angelical que anuncia grandes eventos: o nascimento de João Batista (Lc 1:11-20) e de Jesus (Lc 1:26-38). Também é apresentado como aquele que "assiste diante de Deus" (Lc 1:19). Destes casos, conclui-se que Gabriel é o portador das grandes mensagens divinas aos homens. Pode-se concluir, dizendo que na Bíblia, Gabriel é o "anjo mensageiro" e Miguel o "anjo guerreiro".

08- OS SERAFINS
O termo hebraico é “saraph” . Quanto à origem exata e a significação desse termo, não existe concordância entre os eruditos. Provavelmente, deriva-se da raiz hebraica saraph , cujo significado é "queimar", o que daria a idéia de que os Serafins são anjos ‘ardentes’, uma vez que essa raiz também pode significar "consumir com fogo", mas também "rebrilhar" e "refletir".

A única menção a esses seres celestiais nas páginas das Escrituras Sagradas fica no livro de Isaías (Is 6). Os serafins aparecem associados com os Querubins na tarefa de resguardar o trono divino. Os seres vistos por Isaías tinham forma humana, embora possuíssem seis asas (Is 6:2). Estavam postos acima do trono de Deus (Is 6:2a), o que parece indicar que sejam líderes na adoração ao Senhor. Uma dessas criaturas entoava um refrão que Isaías registra nas palavras: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; a terra inteira está cheia da Sua glória" (Is 6:3).
Pelo que observamos no texto, parece que para Isaías os Serafins constituíam uma ordem de seres angélicos responsáveis por certas funções de vigilância e adoração.
09- OS QUERUBINS
No hebraico, temos “keruhbim” , plural de “kerub” . No grego “cheroub” . Palavra de etimologia incerta.

No AT esses seres são apresentados como simbólicos e celestiais. No livro de Gênesis, tinham a incumbência de guardar o caminho para a árvore da vida, no jardim do Éden (Gn 3:24). Uma função semelhante foi credita aos dois Querubins dourados, postos em cada extremidade do Ex 25:18-22; Hb 9:5), onde simbolicamente protegiam os objetos guardados na arca, e proviam, com suas asas estendidas, um pedestal visível para o trono invisível de Yahweh (veja Sl 80:1 e 99:1). No livro de Ezequiel (Ez 10), o trono-carruagem de Deus, que continuava sustentado por Querubins, tornava-se móvel. Também foram bordados Querubins nas cortinas e véus do Tabernáculo, bem como estampados nas paredes do Templo (Êx 26:31; 2Cr 3:7).

10. O ANJO DO SENHOR
Outro ensino veterotestamentário de grande importância, que por sua vez está estritamente relacionado com as ‘Teofanias’, são as aparições do Anjo do Senhor. Optamos por estudar, separadamente, este assunto, em virtude de sua importância crucial, uma vez que as aparições do Anjo do Senhor se constituem em Teofanias, mas especificamente Teofanias onde as aparições de Deus se davam de forma humana.

A expressão "Anjo do Senhor" ou sua variante "Anjo de Deus", se encontram mais de cinqüenta vezes no AT. Portanto, é necessário algumas considerações acerca desse personagem, que se reveste de grande importância quando tratamos da possibilidade da Encarnação.

A primeira aparição bíblica do "Anjo do Senhor", foi no episódio de Agar, no deserto (Gn 16:7). Outros acontecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22:11,15), Jacó (Gn 31:11-13), Moisés (Êx 3:2), todos os israelitas durante o Êxodo (Êx 14:19) e posteriormente em Boquim (Jz 2:1,4), Balaão (Nm 22:22-36), Gideão (Jz 6:11), Davi (1Cr 21:16), entre outros.

A Bíblia nos informa que o Anjo do Senhor realizou várias tarefas semelhantes às dos anjos, em geral. Às vezes, Suas aparições eram simplesmente para trazer mensagens de Deus, como por exemplo em Gn 22:15-18; 31:11-13. Em outras aparições, Ele fora enviado para suprir necessidades (1Rs 19:5-7) ou para proteger o povo de Deus de perigos (Êx 14:19; Dn 6:22).

Com relação à identidade do Anjo do Senhor, os eruditos não são e nunca foram unânimes. Entretanto, a antiquíssima interpretação cristã cita que, nesses casos acima citados, encontramos manifestações preencarnadas de Cristo.

Desejamos, portanto, apresentar a seguir três argumentos bíblicos que evidenciam, que o Anjo do Senhor é Jesus Cristo antes de encarnado:

Josué 5:14 - Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, diz a Palavra do Senhor que ele "...se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhE: Que diz meu Senhor ao seu servo?". Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio Senhor ( o Cristo preencarnado), o anjo (caso fosse simplesmente "um anjo") teria proibido a Josué de adorá-lo, como ocorreu em partes das escrituras como em Ap 19:10 e Ap 22:8,9.

Jz 13:18 - Embora concordemos com o fato de que existem controvérsias a respeito desta passagem, reputamos a mesma como factual e elucidativa. Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o Seu nome, Ele responde: "...porque perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso ?" Uma comparação desta resposta com a passagem de Is 9:6, demonstra que o Anjo do Senhor que apareceu a Manoá é o Menino que nos fora dado de Isaías. Isto é, o Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso (YHWH), é o próprio Senhor, e ao mesmo tempo o Menino que nos fora dado.

A terceira evidência escriturística que queremos apresentar, é que no contexto neotestamentário, a Bíblia deixa de utilizar-se do termo "o Anjo do Senhor" como pessoa específica. Isto é demonstrado pelo fato de que o artigo definido masculino singular "o" deixa de ser utilizado, sendo substituído pelo artigo indefinido "um". Alguns exemplos disto, são os textos de Lc 1:11; At 12:7 e At 12:23, dentre muitos outros. Infelizmente, nem todas as ocorrências de Anjo do Senhor no NT, na versão ARC, se encontram com o artigo indefinido "um", o que ocorre na versão ARA nos textos citados e em outros correlatos.

Esta substituição possui um grande significado. Isto é, no contexto do NT, contemporâneo ou posterior à Encarnação, as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de Seus anjos, pois o Anjo do Senhor já havia sido manifestado na carne (1Tm 3:16).

BIBLIOGRAFIA:
A BÍBLIA SAGRADA. Edição Revista e Corrigida no Brasil. Rio de Janeiro, Imprensa Bíblica Brasileira, 1994.

BANCROFT, Dr. Emery H. Teologia Elementar. Trad. João M. Bentes.3ª ed. SP, Imprensa Batista Regular,1986.

CHAMPLIN, Russel N. & BENTES, João Marques. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.
São Paulo, Candeia, 1991.
PINTO, Rogério Andrade. Apostila de Paracletologia, Teológico, 2007

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